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Perguntas Frequentes

1 Eu posso viver sem minhas varizes?

SIM. Para a grande maioria dos pacientes esta não seria uma preocupação. As veias que são removidas além de não estarem executando suas funções, estão sobrecarregando as veias normais. Portanto, sua retirada beneficiará o sistema venoso da perna.  Alguns pacientes ainda questionam sobre a necessidade de suas veias, varicosas ou não, para possível cirurgia no coração ao longo de suas vidas. Varizes são veias doentes e poderiam ser prejudiciais para o sucesso destas operações, onde as veias mais saudáveis dever ser utilizadas.

2 Varizes são um problema de saúde ou apenas estético?

Se você tem varizes nas pernas, é um sinal que o sangue venoso não está retornando adequadamente ao coração. No passado o tratamento de varizes era considerado apenas estético. Hoje sabemos que varizes é um sintoma de uma desordem venosa progressiva. Não tratadas  a aparência da pele deteriora e as veias varicosas podem causar dor e desconforto. Eventualmete, insuficiência venosa pode causar sérios problemas médicos como flebites, irritações na pele e úlceras (feridas).
Mesmo que você não tenha nenhum sintoma, a presença de varizes pode ser uma fonte de constrangimento e baixa auto estima , levando a se evitar situações sociais onde as pernas deveriam estar expostas afetando significativamente a qualidade de vida.

3 Quais as complicações que podem ocorrer se não tratar minhas varizes?

A doença venosa é uma condição progressiva e seus sintomas se intensificam com o tempo. Sem tratamento, podem ocorrer alterações na pele e tecido subcutâneo(chamado lipodermatoesclerose), um aumento na probabilidade de ocorrer tromboflebites (inflamação e formação de coágulos nas veias superficiais que podem causar dor e incapacitação), sangramentos espontâneos por pequenos traumas, e ulcerações (feridas de difícil cicatrização)  habitualmente localizadas na região dos tornozelos)

4 Se eu tenho  varizes então  tenho maior risco de ter trombose venosa profunda?

Em primeiro lugar devemos diferenciar duas patologias distintas: trombose venosa profunda e tromboflebite superficial.  Quando falamos em trombose venosa profunda nos referimos a formação de um coágulo (trombo) nas veias mais internas, aquelas que estão dentro da musculatura da perna. É uma condição grave pelo risco de deslocamento deste coágulo até o pulmão (Embolia pulmonar). Quando ocorre a formação de um coágulo (trombo) em uma veia superficial , em uma varize, chamamos de tromboflebite superficial que traz apenas desconforto e dor no local acometido. Porém, estudos recentes sugerem que em torno de 30 % dos casos de tromboflebite superficial, o coágulo poderá migrar para o sistema profundo e então se deslocar para o pulmão (embolia pulmonar).  Por este motivo, sempre indicamos a avaliação de um especialista, mesmo nos casos de tromboflebite superficial, para avaliar o risco de complicações maiores e indicar o tratamento mais adequado.

5 Existe cura para doença venosa?

Embora a doença venosa seja tratável, ela é uma doença incurável, crônica e progressiva. Qualquer sintoma de doença venosa  mesmo em seu estagio inicial deve ser considerado uma desordem médica séria, que, se não tratada, pode levar ao agravamento dos sintomas e a complicações à saúde em geral e ao bem estar.

6 Existem medidas que eu possa tomar para aliviar os sintomas da doença venosa?

Sim. Os sintomas da doença venosa respondem bem a redução do volume sanguíneo nas pernas e pés prevenindo seu acúmulo e facilitando seu retorno até o coração. Existem vários meios para aliviar os sintomas, incluindo elevação das pernas e evitar uso de saltos muito altos. Ao realizar tarefas que exijam estar sentado por longo tempo, crie períodos de pausa para levantar-se e movimentar-se por alguns minutos. Também o uso de meias de compressão elástica podem ajudar nas situações de imobilidade prolongada com as pernas pendentes ou quando a postura de pé se impõe durante longos períodos.

7 Eu devo tratar minha doença venosa?

O conhecimento, tecnologia, acessibilidade, facilidade e excepcional taxa de sucesso na terapia da doença venosa tem permitido, para a maioria das pessoas, desfrutar dos benefícios do tratamento enquanto eliminam os riscos de sua progressão. Avanços nos tratamentos minimamente invasivos permitem aos pacientes experimentar menor tempo de recuperação com menos dor e desconforto. Para aqueles que apresentam dor, peso, cansaço ou sintomas mais incapacitantes, os tratamentos atuais podem melhorar significativamente suas vidas. E, para aqueles que lutam com o desconforto estético das veias varicosas, conseguimos devolver a confiança e auto estima abalados, com significativa melhora na qualidade de vida.

8 Quais são minhas opções de tratamento?

A terapia endovenosa com laser ou a radiofrequência são tratamentos minimamente invasivos para tratar grandes varizes e veias safenas. Outra opção de tratamento inclui a ressecção de varizes por mini incisões (mini-cirurgia) usada para remover pequenos vasos superficiais e a escleroterapia com microespuma guiada por ultrassom. A técnica a ser utilizada, portanto, dependerá da extensão da doença venosa e deverá ser discutida com seu médico assistente.

9 Estes tratamentos são cobertos pelos planos de saúde?

A maioria dos planos e seguros de saúde entendem a importância do tratamento das varizes, porém cobrem algumas modalidades de tratamento. Para os tratamentos com Laser, radiofrequência ou escleroterapia com micro espuma ainda não há cobertura pelos planos, mas conseguimos ressarcimento integral para procedimentos cirúrgicos ditos convencionais (microcirurgias, safenectomias convencionais) o que permite redução substancial dos custos finais de tratamento.

10 Quando a cirurgia é a melhor escolha para o tratamento de minhas varizes?

Cirurgia usualmente é a melhor escolha para o tratamento de veias dilatadas e salientes na pele.  É eficiente para veias calibrosas, mas também para pequenas veias subcutâneas. Ela só não estaria indicada para o tratamento de microvarizes
(telangiectasias) que se localizam nas camadas da derme e não poderiam ser fisicamente removidas.

11 Qual o nível de sucesso da cirurgia de varizes?

A cirurgia de varizes mostra-se clinicamente efetiva na grande maioria dos pacientes assim como tem uma relação custo-benefíco muito atrativa. Trabalhos recentes também mostram os benefícios da cirurgia venosa na melhora da qualidade de vida.
A cirurgia permanece o “padrão ouro” no tratamento das varizes, mas técnicas recentes veem ganhando destaque. Dentre elas a utilização de microespuma guiada por ultrassom e o uso de laser e radiofrequência no tratamento das safenas vem mostrando eficácia e segurança animadores, apesar de não se conhecer ainda, seus resultados a longo prazo.
Os resultados da cirurgia podem  gerar níveis variados de satisfação. Porém, uma detalhada avaliação pré-operatória seguida por um procedimento cirúrgico cuidadoso,  principalmente eliminando todos os focos de refluxo, produzem resultados muito bons.

12 Quais os riscos associados ao tratamento cirúrgico?

A maioria das operações realizadas para tratamento de varizes são relativamente simples e, particularmente considerando-se o grande número de procedimentos realizados, complicações sérias são incomuns. Não obstante, nenhum procedimento cirúrgico está completamente isento de riscos e a possibilidade de complicações deve ser sempre considerada.

Complicações ou acidentes anestésicos são muito raros atualmente. Com medicamentos, instrumental, novos monitores e técnicas modernas, o anestesiologista reduz ao máximo os riscos de acidentes anestésicos, mas é claro que eles nunca chegam a zero, uma vez que há fatores de risco algumas vezes imponderáveis ligados não só à anestesia, como à própria operação, às condições hospitalares, à condição clínica do paciente, doenças cardíacas e respiratórias pré existentes, etc. De qualquer maneira, o anestesiologista, além do conhecimento e da especialização médica, emprega toda a sua perícia e experiência clínica para o sucesso completo da operação a que você está se submetendo. Para maior segurança dos pacientes, os hospitais contam com equipes e equipamentos próprios para emergências e cuidados críticos, o que reduz ainda mais os riscos de acidentes graves.

Sangramentos podem ocorrer, uma vez que estamos abordando diretamente os vasos.  Hemorragias maiores são incomuns, podendo ocorrer quando grandes ressecções venosas são realizadas. Observando-se as corretas técnicas cirúrgicas, dificilmente são observados sangramentos e hematomas que necessitem reoperações.

Infecções podem ocorrer em qualquer incisão cirúrgica, sendo mais comuns em procedimentos de duração prolongada, em obesos e quando a cirurgia for realizada na presença de úlceras contaminadas na perna. Uma ligeira hiperemia (vermelhidão), edema (inchaço) ou inflamação das incisões cirúrgicas são muito comuns e, usualmente, representam uma reação ao trauma ou a utilização de determinados fios de sutura. Raramente se observa infecção clinicamente significativa.

Lesões em estruturas anatômicas ao redor das áreas operadas são incomuns, mas existe sempre um pequeno risco de danos a artérias, veias e mesmo a nervos maiores na exploração das regiões inguinal (“virilha”) e fossa poplítea (área posterior do joelho). Lesões de pequenos nervos sensitivos na pele são comuns e muitas vezes inevitáveis quando as varizes são tracionadas e ressecadas. Este fato pode resultar em pequenas áreas dormentes ou com alterações de sensibilidade variáveis, que habitualmente desaparecem em alguns meses.

 Trombose venosa profunda é uma incomum mas séria complicação cirúrgica ( menos de 1% dos casos operados). O trombo poderá se desprender de veias dos membros ou pélvicas migrando para o coração e pulmão (Embolia Pulmonar) que pode resultar em parada cardíaca e morte (1:30.000 casos operados). Fatores importantes a serem considerados no pré-operatório são o uso de anticoncepcionais e o hábito de fumar. Sugerimos sempre a suspensão do contraceptivo e a redução ou cessação do tabagismo. Pacientes cardiopatas, obesos ou que já apresentaram trombose venosa prévia, também tem risco elevado para tromboembolismo, devendo ser avaliados e tratados adequadamente no pré e pós operatório.

Áreas de equimose, hematomas, nodulações subcutâneas e pequeno edema nas regiões operadas são muito comuns e esperadas. A recuperação destas áreas geralmente leva de 3 a 4 meses para se completar, permitindo-se observar o resultado final do tratamento cirúrgico. Eventualmente podem persistir por 12 meses ou mais, manchas e pigmentações (áreas mais escuras próximas aos locais operados ou onde se formaram hematomas mais extensos), algumas vezes exigindo abordagem dermatológica especializada.

 Drenagem de secreção serosa (liquido claro) em algumas incisões cirúrgicas podem ocorrer e representam lesão traumática de alguns vasos linfáticos. Ocorre principalmente nas reoperações e cirurgias maiores com abordagem de veias safenas, mas geralmente resolve espontaneamente. Linfedema (que é o edema linfático dos membros inferiores) geralmente é transitório, podendo ocorrer quando se retira a veia safena. Pode ser necessária terapia de drenagem linfática pós operatória e uso mais constante de meia elástica.

Todas as complicações citadas são mais freqüentes nas reoperações de varizes, particularmente quando se aborda áreas previamente tratadas na virilha e região posterior dos joelhos.

13 Minhas dores/desconforto/câimbras/edema/peso/queimação desaparecerão se as varizes forem tratadas?

A maioria dos pacientes apresentarão alivio imediato de seus sintomas. Entretanto é importante ressaltar que os benefícios máximos da terapêutica serão vistos com o tempo, e em alguns casos, as varizes e os sintomas levarão alguns meses para desaparecer.

14 Qual o tempo de recuperação após o tratamento?

Na maioria dos casos, aqueles que submeteram a tratamento endovenoso podem retornar as atividades diárias regulares em 2 ou 3 dias.  Todos os procedimentos requerem evitar atividades extenuantes inicialmente, mas permitimos atividades diárias habituais.