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Varizes grandes com refluxo
e dilatação em veias safenas:

Neste grupo é preciso avaliar a extensão da patologia venosa e as quatro safenas. Devem ser tratadas aquelas dilatadas e relacionadas às varizes.

Formas de tratamento:

Tratamento clínico: Uso de meias elásticas, prática de atividade física, evitar ganho de peso , não permanecer longos períodos de pé ou sentado.

O tratamento clínico deve ser aliado a uma ou mais opções abaixo,
dependendo dos sintomas e da extensão da patologia:

CIRURGIA ABERTA
(convencional)

Remoção cirúrgica das veias dilatadas da forma mais completa possível e retirada da veia safena dilatada e com refluxo. A remoção da safena é realizada introduzindo cabo metálico flexível por uma incisão inguinal (região da virilha) e outra ao nível do joelho. A veia é retirada desde a virilha até o joelho.

CIRURGIA COM LASER

Tratamento menos invasivo das veias safenas comprometidas. Por punção externa é introduzida uma fibra óptica no interior da veia safena e de veias mais calibrosas, sendo então liberada energia laser (termoablação endovascular). Esta forma de tratamento é a mais utilizada nos EUA e em países europeus por ser menos invasiva, podendo ser realizada sob anestesia local e permitir retorno mais rápido às atividades cotidianas.

Cirurgia com
radiofrequência

Técnica semelhante ao laser que permite o desaparecimento da safena através da emissão de radiofrequência. Esta técnica é menos utilizada por não possibilitar tratamento de outras veias que não sejam as safenas.

Tratamento com microespuma eco-guiada

Nos últimos anos uma nova técnica vem ganhando espaço para o tratamento de varizes. Através da injeção de solução preparada com a mistura de ar e esclerosante (microespuma) também se consegue “secar” varizes calibrosas e até veias safenas. O método exige o acompanhamento de todo procedimento com ultrassom (duplex scan), não poderá ultrapassar volume máximo de espuma a ser injetado (máximo de 10ml por sessão) e o paciente deverá manter ataduras ou meia elástica até a coxa por 24hs durante 4 dias. Os trabalhos atuais mostram que os índices de oclusão da veia safena por este método são inferiores aos conseguidos pelo laser e pela radiofrequência no período de 1 ano. Podem ocorrer complicações como alergias ao medicamento, tosse, alterações visuais e até acidente vascular cerebral, embora em raríssimos casos. Muitas vezes é necessária drenagem de coágulos retidos nas veias tratadas, o que pode gerar aparecimento de manchas e irritações cutâneas.

ANESTESIA

Quando é retirada a safena pelo método convencional (cirurgia aberta), geralmente é utilizado o bloqueio peridural ou raqueano, por ser necessário remover a safena, ramos colaterais e as varizes grandes no mesmo procedimento. No método com laser, na maioria das vezes, pode-se utilizar anestesia local e uma sedação leve.

Quando se utiliza microespuma ecoguiada não é necessária anestesia, porem o tratamento deverá ser realizado em várias sessões.

Recuperação pós-tratamento

A recuperação varia de acordo com o trauma cirúrgico. Para a safenectomia convencional são sugeridos 7 a 10 dias de repouso relativo e exercícios físicos e atividades mais intensas são liberadas após 20 ou 30 dias.

No caso do procedimento com laser, geralmente o retorno às atividades habituais é mais rápido, com 2 ou 3 dias de repouso relativo e atividades físicas liberadas entre 7 e 10 dias após o procedimento.

No tratamento com microespuma o paciente permanece de repouso por 10 minutos antes de ser colocada a meia de compressão elástica que abrange a perna e coxa (meia 7/8). A compressão deverá permanecer por 24hs, durante os primeiros 4 dias e depois apenas durante o dia. Frequentemente é necessário retorno á clinica para drenagem de coágulos retidos nas veias tratadas.

Período sem exposição ao sol

Geralmente pelo grande número e extensão dos hematomas e equimoses, recomenda-se evitar exposição solar por, no mínimo, três meses. Este período poderá ser prolongado se necessário. Aqui também há diferença na restrição a exposição solar quando utilizado o tratamento com laser. Neste caso, a quantidade de hematomas é muito menor, o que permite aos pacientes operados com laser liberação mais precoce da exposição ao sol.

O tratamento com microespuma poderá gerar a formação de coágulos que deverão ser drenados. Se ocorrerem manchas e pigmentações a exposição solar deverá ser evitada até sua completa resolução, podendo durar vários meses.